SOLIDARIEDADE – Escola Helen Keller precisa de ajuda financeira para manter as atividades com cães-guias

Rotas Comunicação - SOLIDARIEDADE – Escola Helen Keller precisa de ajuda financeira para manter as atividades com cães-guias



Balneário Camboriú, SC, 10, maio 2020 –

Por conta da pandemia do novo coronavírus, entidade sem fins lucrativos, reduziu aproximadamente 80% de toda a receita vinda de doações

A escola de cães-guias Helen Keller, com sede em Balneário Camboriú (SC), necessita de auxílio financeiro para a manutenção das atividades. Desde o início da pandemia da Covid-19, a instituição, que é mantida 100% com recursos oriundos de doações, perdeu cerca de 80% de sua receita mensal.

“Estamos passando por uma situação financeira muito delicada. A escola vive de colaborações de empresas e de pessoas físicas, não recebemos nenhum recurso governamental. Mas, por conta da pandemia, as colaborações diminuíram e o custo para manter a estrutura, os cães e a equipe de profissionais é bastante alto. Sabemos que é um momento complicado para todos, mas não sabemos até quando vamos conseguir manter”, explica o secretário executivo, Daniel Picoloto Bernardini.

Atualmente, a escola possui um plantel com um total de 43 cães. Destes, 13 estão em socialização com famílias voluntárias, 10 filhotes que nasceram no início de abril e permanecem na escola, assim como as 11 matrizes. Há ainda nove cães que deveriam estar em treinamento, mas por medidas de prevenção permanecem com as famílias socializadoras. As atividades administrativas da entidade permanecem à distância.

A escola é responsável por todos os cuidados com os cães, incluindo alimentação e atendimento com médico veterinário, mesmo durante o período de socialização. Todo o treinamento, que pode levar até dois anos, tem custo final de cerca de R$ 70 mil para cada cão. Por isso, segundo Daniel, a entidade não sabe até quando conseguirá manter os serviços e atendimentos, caso não consigam ajuda financeira de novos parceiros.

“Se não conseguirmos mais apoio para melhorar a receita vamos ter que parar com os trabalhos, teremos que diminuir nosso plantel e aposentar os cães, ou seja, retirá-los do programa, sem concluir o treinamento, para reduzir custos”, lamenta.

Mais de 2 mil deficientes visuais esperam por um cão-guia

Atualmente, a escola Helen Keller possui mais de duas mil pessoas inscritas na fila de espera por um cão-guia. Segundo Daniel, no Brasil são cinco milhões de pessoas com algum tipo de deficiência visual e 600 mil totalmente cegas. No entanto, existem entre 200 e 250 cães-guias trabalhando no país.

“São cães da Helen Keller, de outras instituições e de fora do país, mas para toda essa realidade não temos mais que 250 cães. Por isso, parar o nosso trabalho significa que muitas pessoas que poderiam ter acesso a essa ferramenta de mobilidade incrível com autonomia e segurança não vão ter essa oportunidade”, diz.

A escola é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos e a primeira da América Latina ligada à Federação Internacional de Cão-Guia. Desde a sua fundação em 1993 já foram entregues 46 cães-guia. Em julho de 2016 foi inaugurada a primeira sede própria. Os deficientes visuais recebem o cão-guia gratuitamente. Para poder continuar com os treinamentos a escola depende de patrocínios e doações.

Como ajudar

As doações em dinheiro podem ser feitas por depósito ou transferência para o Banco do Brasil, agência 1489-3, conta corrente 30.459-X, CNPJ 03.979.637/0001-60, ou via PayPal pelo site da escola http://www.caoguia.org.br. Mais informações pelos telefones (47) 99712-0986 e 99788-0277.

 

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